Anatomia do Sistema Urinário

O sistema urinário constitui-se pelos rins, ureteres, vesícula ou bexiga urinária e uretra. Os rins formam a urina a partir do sistema circulatório. Após isso, a urina conflue pelos ureteres, sendo conduzida até a vesícula ou bexiga urinária, sendo armazenada até a sua eliminação pela uretra

Figura 1 – Órgãos do Sistema Urinário.

Rins

Os rins são vísceras parenquimatosas, onde apresentam sua forma, tamanho e posição por variações tanto intraespecíficas, quanto interespecíficas.

Localização

  • Retroperitoneal, sendo situados contra a região dorsal do abdome e posicionados em ambos os lados da coluna vertebral, predominantemente na região lombar. Projetam-se cranialmente sob as últimas costelas para a região intratorácica do abdome. 

Figura 2 – Rins em topografia retroperitoneal.

Características

  • São assimétricos, onde o rim direito segue mais cranialmente ao rim esquerdo (exceto nos suínos); 
  • Tom pardo-avermelhada (variação entre as espécies);
  • Envoltos em tecido adiposo com a utilidade de proteção frente a pressão dos órgãos adjacentes.

 

Formato:

  • Formato de feijão (cão, gato, ovino e caprino); 
  • Formato oval irregular com divisão em lobos (bovinos).
  • Configuração achatada (suínos);
  • Rim direito em formato de coração e o esquerdo entre um grão de feijão e uma pirâmide (equinos);

Figura 3 – Rins das espécies domésticas

Estrutura:

Ao corte longitudinal, há uma divisão dos rins em duas regiões, sendo região cortical e medular. Prosseguindo com a pelve e o hilo renal.

  • Região cortical ou o córtex renal de tom pardo-avermelhado e de aspecto granular fino. Recortada em lóbulos corticais por linhas radiadas, onde se identificam o trajeto das artérias radiadas;
  • Região medular ou medula renal subdividido em zona externa arroxeada escura, a qual listras radiadas se estendem para o córtex, e uma zona interna mais pálida, sendo vermelha acinzentada, constituída por estrias radiadas, onde se prolonga até o seio renal. 
  • Na margem medial há uma depressão que origina o hilo renal, por onde a origem dilatada do ureter, a pelve renal, separa-se do rim, e vasos e nervos renais o adentram.

 

Pelve renal:

A pelve renal é o local onde se abrem todos os ductos papilares, sendo feita a coleta da urina e o encaminhamento diretamente para o ureter.

  • Moldada ao redor da crista renal para a formação de recessos da pelve (cão e gato);
  • Quantidade de cálices com pedículo curto, onde envolvem a mesma         quantidade de papilas renais que se projetam para a pelve renal (suíno);
  • Composta de uma cavidade central e dois grandes recessos, onde se voltam em direção às extremidades do rim (equino);
  • Pelve renal subdividida em: pelve dilatada e não dilatada (bovinos).

 

Classificação:

Pela representação da superfície e a quantidade de papilas renais, enquadra-se a classificação em:

  • Lisos e Unipiramidais, onde apresentam uma superfície lisa e fusão das papilas renais em uma crista renal, sendo observados em carnívoros, pequenos ruminantes e equinos;
  • Lisos e Multipiramidais ou Multilobares, onde apresentam uma superfície lisa e papilas renais individualizadas, sendo observado somente em suínos;
  • Multipiramidais ou Multilobares, onde é dividido em lobos em sua superfície e papilas individualizadas, sendo observado somente em bovinos.

Figura 4 – Rins em corte longitudinal das espécies domésticas

 

Parâmetros:

  • Faces dorsal e ventral;
  • Margens lateral e medial;
  • Polos ou extremidades cranial e caudal. 

 

Vascularização:

  • A artéria renal, ramo da aorta abdominal, divide-se em artérias interlobares, que seguem entre as pirâmides renais até a junção corticomedular. Em posição, formam as artérias arqueadas, as quais formam as artérias interlobulares, responsáveis por irrigar os lóbulos renais e suprir os glomérulos, de forma individual, por meio de múltiplos ramos.
  • As veias, em geral, são consideradas satélites, onde desembocam na veia cava caudal ao final do trajeto.

Figura 5 – Vascularização arterial de rim

Inervação:

  • Os nervos simpáticos dos rins seguem pelo plexo celiacomesentérico e confluem ao longo das artérias renais. As sinapses se predispõem no gânglio principal ou, possivelmente, em adjunto a um gânglio menor (aorticorrenal) na região periférica do plexo. O nervo vago presta assistência para a inervação parassimpática. 

Sintopia:

  • O polo cranial do rim direito apresenta contato com o processo caudado do fígado e com o lobo hepático direito, sendo posicionado em uma fossa do fígado, formando uma impressão renal, a qual ajuda a limitar sua movimentação. Rim esquerdo não possui essa característica; 
  • Nos ruminantes, devido ao tamanho do rúmen, há um redirecionamento do rim esquerdo em direção à metade direita do abdome. Através disso, torna-se suspenso por um longo e móvel ligamento, o mesonefro, caudal ao rim direito.

Unidade Funcional dos Rins

  • Néfron ou túbulo renal, sendo um tubo contínuo de aspecto contorcido responsável pela produção da urina. 
  • Estima-se de até 400 mil néfrons no rim de um cão, 500 mil no gato, 1 milhão no suíno, 4 milhões no bovino e até 2,7 milhões de néfrons no equino.

 

Ureter

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