Anatomia Sistema Respiratório

  1. Nariz

Porção condutora, é o início do trato respiratório, localizado externamente e é flexível.

  • Localização: rostro ventral à órbita.
  • Características morfológicas:
  • Parede formada por pele. 
  • Suporte ósseo e cartilaginoso.
  • Duas aberturas denominadas “narinas”.
  1. Narinas

Aberturas presentes no nariz por onde o ar é conduzido até o trato respiratório inferior.

  • 2. 1. Características morfológicas das espécies domésticas:
  1. 1. 1. Equinos:
  • Presença de pêlos táteis ao redor das narinas.
  • Cartilagem nasal dorsal é curta.
  • Cartilagem nasal ventral é indefinida ou inexistente.
  • Cartilagens alares sustentam as narinas amplas e espaçadas.
  1. 1. 2. Bovinos:
  • Apresenta o plano nasolabial com uma região de pele modificada ao redor das narinas e que se estende aos lábios, tanto superiores quanto inferiores.
  1. 1. 3. Suínos:
  • O focinho é sustentado pelo osso rostral e coberto pelo plano rostral.
  1. 1. 4. Carnívoros:
  • A pele modificada se restringe ao redor das narinas, que possui um sulco mediano que se estende ao lábio superior chamado de filtro.

 

Figura 1 – Plano nasolabial de Equino. 

Fonte: Sarah Relvas Araujo da Cunha.

Figura 2 – Plano rostral de Suíno. 

Fonte: Sarah Relvas Araujo da Cunha.

Figura 3 – Plano nasal de canino. Fonte: Ana Luiza Santos Melo e Sarah Relvas Araujo da Cunha.

  1. Cavidade nasal

Compreende o espaço no crânio, das narinas até o osso etmóide.

 

  • Características anatômicas

 

  1. 1. Conchas nasais: aumentam a superfície respiratória.
  • Dorsal.
  • Média.
  • Ventral.

 

  1. 2. Meatos: passagens de ar formadas a partir da projeção das conchas.
  • Dorsal.
  • Médio.
  • Ventral.
  • Comum.

Figura 4 – Cabeça pequeno ruminante. Corte Mediano. Fonte: Hélio José Santos Bagetti Filho

Figura 5 – Cabeça pequeno ruminante. Corte Sagital sem o septo nasal, demonstrando as conchas nasais e respectivos meatos nasais. Fonte: Hélio José Santos Bagetti Filho

Figura 6 – Cabeça de pequeno ruminante em corte sagital, evidenciando as conchas e os meatos nasais. Fonte: Lanna Beatriz N. S. Corrêa

  1. Seios paranasais

São divertículos da cavidade nasal que formam regiões preenchidas por ar nos ossos pneumáticos dos ossos da cabeça.

  • Seio maxilar.
  • Seio frontal.
  • Seio palatino.
  • Seio esfenoidal.
  • Seio lacrimal (suíno e ruminante).
  • Seios conchais dorsal e ventral (suíno, ruminante e equino)

Figura 7 – Imagem de tomografia computadorizada em corte transversal (esquerda) e imagem radiográfica de incidência rostro-caudal (direita) indicando o seio frontal em um cão. Fonte: Hélio José Santos Bagetti Filho.

Figura 8 – Corte sagital. Bovino. Fonte: Hélio José Santos Bagetti Filho.

 

  1. Laringe

Órgão musculocartilaginoso tubular que conecta a faringe à traquéia. 

Protege a entrada da traquéia durante a deglutição e é responsável pela fonação. 

 

  • Cartilagens que conferem sustentação:
  • Epiglote.
  • Tireoide.
  • Cricóide.
  • Aritenóides.

 

Dividida em: 

  • Vestíbulo da laringe.
  • Glote (onde encontramos as pregas vocais).
  • Cavidade infraglótica.

Figura 9 – Laringe bovina. Corte sagital. Fonte: Hélio José Santos Bagetti Filho

 

  1. Traqueia

Tubo formado por anéis cartilaginosos que dá continuidade à via respiratória da laringe aos brônquios principais (direito e esquerdo), em seu entorno possui o músculo traqueal e é sustentada pelo ligamento anelar. Está localizada dorsal ao esôfago e ventral as musculaturas cervicais tais como esterno-hióideo e esternocefálico, superficialmente.

Figura 10 – Traqueia de canino em corte transversal. Fonte: Sarah Relvas Araujo da Cunha.

Figura 11 – Cavidade torácica de canino, apresentando traquéia em vista lateral no eixo longitudinal. Fonte: Sarah Relvas Araujo da Cunha.

  • Vascularização
  • artérias carótidas comuns
  • veias jugulares internas (frequentemente ausentes no cavalo e sempre ausentes no caprino e no ovino
  • Inervação

troncos vagossimpáticos

nervos laríngeos caudais

  • Drenagem Linfática

troncos linfáticos traqueais.

  1. Cavidade torácica, fáscia endotorácica, pleura e mediastino
  • 7. 1. Cavidade torácica

Via de passagem para órgãos e vasos, marcada externamente pelo manúbrio. Abriga órgãos como esôfago, traquéia, pulmões, coração e, em animais jovens, o timo.

  • 7. 2. Fáscia endotorácica

A fáscia endotorácica é uma camada interna da fáscia do tronco que reveste a cavidade torácica. Ela se estende entre as costelas, músculos do tórax e diafragma, além de se conectar com a fáscia cervical profunda no pescoço.

  • 7. 3. Pleura

A pleura é uma membrana serosa que reveste os pulmões e a parede torácica interna.

  • Pleura parietal: pleura costal, pleura mediastinal e pleura diafragmática.
  • Pleura visceral: pleura pulmonar.
  • 7. 4. Mediastino

Compreende um intervalo entre os dois sacos pleurais presentes na cavidade torácica, se inserindo dorsalmente às vértebras torácicas e ventralmente ao esterno

Figura 12 – representação esquemática de seção transversal do tórax demonstrando localização do espaço de Sussdorf. Fonte: Hélio José Santos Bagetti Filho

  1. Pulmões 

Órgãos localizados dentro dos sacos pleurais e cobertos pela pleura visceral. Entre os folhetos há a presença de fluído seroso que fluido reduz o atrito do movimento pulmonar (respiração). 

 

  • Características gerais

 

Possui as seguintes superfícies:

  • Superfície costal.
  • Superfície medial.
  • Superfície diafragmática.

Figura 13 – Face medial do pulmão esquerdo do cão. Fonte: Hélio José Santos Bagetti Filho

A maior parte do parênquima pulmonar é composta por brônquios. Os brônquios principais, direito e esquerdo, que entram nos pulmões pelas suas raízes, emitem um brônquio para o lobo cranial (brônquio lobar), antes de continuar na direção do lobo caudal.

 

Holotopia pulmonar

 

  1. Carnívoros

 

  1. 1. 1. – Pulmão direito
  • Lobo cranial direito.
  • Lobo médio.
  • Lobo caudal direito.
  • Lobo acessório.

 

  1. 1. 2. – Pulmão esquerdo
  • Porção cranial do lobo cranial esquerdo.
  • Porção caudal do lobo cranial esquerdo.
  • Lobo esquerdo caudal.

 

  1. 2. Equino

 

  1. 2. 1 – Pulmão direito
  • Lobo cranial direito. 
  • Lobo acessório.
  • Lobo caudal direito.

 

  1. 2. 2 – Pulmão esquerdo
  • Lobo cranial esquerdo.
  • Lobo caudal esquerdo.

 

  1. 3. Bovino

 

  1. 3. 1 – Pulmão direito
  • Porção cranial do lobo cranial direito.
  • Porção caudal do lobo cranial direito.
  • Lobo médio.
  • Lobo acessório.
  • Lobo caudal direito.

 

  1. 3. 2  – Pulmão esquerdo
  • Porção cranial do lobo cranial esquerdo.
  • Porção caudal do lobo cranial esquerdo.
  • Lobo caudal esquerdo.

 

  1. 4. Suíno

 

  1. 4. 1 – Pulmão direito
  • Lobo cranial direito.
  • Lobo médio.
  • Lobo acessório.
  • Lobo caudal direito.

 

  1. 4. 2 – Pulmão esquerdo
  • Porção cranial do lobo cranial esquerdo
  • Porção caudal do lobo cranial esquerdo
  • Lobo caudal esquerdo

Figura 14 – Pulmão de equino. Fonte: Lanna Beatriz N. S. Corrêa

Figura 15 – Pulmão de bovino. Fonte: Lanna Beatriz N. S. Corrêa

Sintopia pulmonar

Os pulmões dos animais domésticos estão em contato com outros órgãos e regiões como: coração, mediastino, diafragma e as paredes torácicas.

Cavidade Nasal (Ruminantes)

 

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