Hipófise

Corpo escuro relativamente elipsóide

Localizado ventralmente ao hipotálamo, alojado na escavação do osso basisfenóide, conhecida como sela túrcica ou fossa hipofisária (Figura 1).

Contida em um dobramento da dura-máter encefálica, o diafragma da sela (Figura 3), que reveste diretamente a glândula e se estende de modo a envolver também a haste hipofisária por todos os lados.

Figura 1 – Corte mediano de crânio de um ovino. T – Região do Telencéfalo; D – Região do Diencéfalo; Rq – Região Quiasmática; Rt – Região Tuberal, Rm – Região Mamilar; H – Glândula Hipófise contida na sela Túrcica; C – Cerebelo; TE – Tronco encefálico; ME – Medula espinhal.

Foto: Luciano Alonso

Figura 2 – T – Região do Telencéfalo; D – Região do diencéfalo; H* – Glândula hipófise contida no osso basisfenóide formando a Sela túrcica (pontilhado); Seta – Rede admirável epidural rostral; C – Cerebelo; TE – Tronco encefálico em sua extensão (pontilhado). Foto: Luciano Alonso

Pineal

Conhecida como epífise (glândula pineal do epitálamo) Localizada na parte mais caudal do terceiro ventrículo, mais precisamente na região do epitálamo. Consiste em uma estrutura pigmentada, relativamente cônica e cranialmente disposta aos colículos rostrais. 

Está oculta entre os hemisférios cerebrais, podendo ser visualizada ao corte mediano (Figura 3), ou após a dissecção da pia-máter ao tracionar ventralmente a interseção entre os hemisférios cerebrais e o cerebelo, de modo a visualizá-la cranial aos colículos e ventral os lobos occipitais do cérebro (Figura 4).

Figura 3 – Corte mediano do encéfalo de equino, apresentando estruturas visíveis no aspecto medial. AF – área pré-frontal; Hip – hipotálamo; HB – habênula; AI – aderência intertalâmica. Glândula pineal (seta amarela). Foto: Luciano Alonso.

Figura 4 – Corte mediano do telencéfalo com desvio láteroventral na altura da região diencefálica. T – tálamo; Glândula Pineal em evidência (pontilhado); Cr – colículos rostrais; Cc – colículos caudais; exposição da fossa rombóide (Fr) devido a remoção do cerebelo. Foto: Luciano Alonso.

Tireoide

Glândula ímpar, organizada em lobos direito e esquerdo 

Os lobos laterais são conectados por uma faixa ventral denominada istmo. 

O istmo pode ser constituído: 

apenas de tecido conjuntivo (fibroso) em ovinos, caprinos e equinos, 

apresentar uma composição parenquimatosa (glandular), visto em carnívoros e bovinos.

Topografia:

Localizados ventrolateralmente à traquéia (exceto nos suínos).

Nos suínos, a glândula tireoide apresenta localização ventral a traqueia configurando um grande lobo mediano de formato piramidal, do qual expande-se crânio-lateralmente as projeções laterais de parênquima glandular (lobos laterais) (Figura 5)

Figura 5 – Desenho esquemático das glândulas tireóides nos animais domésticos. Em I) A representação da anatomia da glândula para carnívoros; II) a representação da anatomia da glândula para os suínos; III) a representação da anatomia da glândula para bovinos; IV) representação da anatomia para equinos. LE – Lobo esquerdo; I – Istmo; LD – Lobo direito; LM – lobo mediano; LL – lobos laterais: esquerdo (e) e direito (d) (suíno = II). Desenho de Letícia Victal Pereira, 2024

Vascularização

Artéria tireóidea cranial ramo da artéria carótida comum. 

Drenagem venosa pela veia jugular interna

Drenagem linfática: linfonodos cervicais craniais.

Paratireoides

Organizadas em dois pares, com exceção dos suínos, os quais apresentam um único par próximo a bifurcação da artéria carótida comum. 

Figura 6 – Paratireóide

Glândulas Adrenais 

Estruturas retroperitoneais dispostas craniomedialmente aos rins. 

Figura 7 – Adrenal na cavidade abdominal

Frequentemente assimétricas e bastante irregulares. 

Apresentam corpos firmes e sólidos e o corte transversal permite a distinção de um córtex (externo) e uma medula (interna). 

Figura 8 – Desenho esquemático das glândulas adrenais nas diferentes espécies domésticas. E – equinos; B – bovinos; Pr – pequenos ruminantes; G – gatos; Cães; S – suínos. Desenho de Letícia Victal Pereira, 2024